Morango do amor:

Eles estão por toda parte. Na praia, no parque, no feed do Instagram.
Vermelhinhos, reluzentes, no espeto.
Todo mundo quer. Todo mundo mostra. Todo mundo morde.

Mas ninguém pergunta: por que tá todo mundo querendo tanto a mesma coisa, ao mesmo tempo, do mesmo jeito?

A resposta é simples:
Porque a gente prefere pertencer do que pensar.
Porque é mais fácil ser igual do que ser inteiro.

O morango do amor é a metáfora perfeita da geração vitrine:
Doce por fora, sufocado por dentro.
Bonito na foto, mas sem sabor próprio.

A calda que te cobre é o medo de ser rejeitado.
O espeto que te atravessa é a necessidade de aceitação.
E o brilho que te atrai... é só açúcar derretido em cima de insegurança coletiva.

A verdade é:
Enquanto você corre pra caber no que todo mundo tá fazendo, vai esquecendo quem você é, do que você gosta, o que te faz real.

Você quer mesmo ser mais um na multidão que brilha igual — ou tá pronto pra ser o morango sem calda, sem medo, sem plateia?

Ser você pode não render tantos likes.
Mas rende paz. Liberdade. E um gosto de verdade que nenhum açúcar artificial entrega.

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